TÓQUIO – O Japão e a Índia assinaram um tratado de livre comércio nesta quarta-feira em meio à pressão japonesa para reanimar sua economia enfraquecida com a redução das barreiras comerciais, aprofundando suas relações econômicas com as nações de rápido crescimento de países emergentes da Ásia.
O acordo econômico, assinado pelo ministro das Relações Exteriores do Japão, Seiji Maehara, e pelo ministro do Comércio da Índia, Anand Sharma, envolve o corte de tarifas de bens que vão de tocadores de DVD a madeira e camarões, e introduz medidas para promover investimentos, bem como lidar com direitos de propriedade intelectual.
Promover este tipo de pacto torna-se cada vez mais prioritário para o Japão, que se vê ficando para trás em relação à rival Coreia do Sul na área de acordos de livre comércio. Com o encolhimento da população japonesa e sua econômia presa em duas décadas de queda, o primeiro-ministro Naoto Kan, declarou que o Japão precisa se "abrir" para renovar suas perspectivas.
Sharma considerou o acordo "histórico e importante", destacando de que forma as economias emergentes como a Índia e a China estão transformando a economia global.
Sob os termos do acordo, o Japão vai remover, em até dez anos, as tarifas sobre 97% dos produtos importados da Índia, enquanto o governo indiano vai eliminar as tarifas sobre 90% dos bens importados do Japão.
Embora sejam duas grandes economias, o Japão e a Índia tinham negociações limitadas, somando 1,267 trilhão de ienes (cerca de US$ 15 bilhões) em 2010 – apenas 1% do comércio global do Japão. Como comparativo, o comércio anual entre o Japão e a China supera 26,4 trilhões de ienes (US$ 317 bilhões).
Sharma disse a Maehara que espera que o pacto ajude a dobrar o volume negociado entre as duas nações dentro de três a quatro anos.
A aliança ainda precisa ser ratificada pelo parlamento japonês para tornar-se efetiva, mas a Índia não requer aprovação de seu corpo legislativo.
Fonte: Valor Econômico
Disponível em http://www.valoronline.com.br/online/geral/93/385028/japao-e-india-assinam-tratado-de-livre-comercio
Nenhum comentário:
Postar um comentário