Paulo Passos - 24/07/11
Com Forlán e Suárez, a seleção uruguaia fez 3 a 0 no Paraguai e conquistou a sua décima quinta Copa América
Foi num Monumental de Nuñez gelado pelo inverno argentino que o Uruguai conseguiu consagrar uma geração. A vitória por 3 a 0 na final da Copa América contra o Paraguai, neste domingo, deu o primeiro título ao time de Oscar Tabárez, que começou a ser formado após o fracasso da seleção celeste cair na repescagem das Eliminatórias da Copa de 2006, diante da Austrália.
Com os gols de Suárez e Forlán, duas vezes, os uruguaios levantaram o troféu da Copa América pela décima quinta vez. A seleção celeste é agora a maior vencedora do torneio, ultrapassando a Argentina, tem quem 14 títulos. O Brasil venceu 8 vezes a competição.
Em campo, o time atendeu os pedidos dos mais de 15 mil uruguaios que foram ao Monumental de Nuñez ver a final. “Volveremos, volveremos, volveremos otra vez. Volveremos a ser campeones, como la primera vez!”, cantavam se referindo ao torneio de 1916, conquistado na Argentina. No país, os uruguaios levaram também a Copa América de 1987.
Com o título deste domingo, os uruguaios garantiram vaga na Copa das Confederações de 2013, que será disputada no Brasil.
2 a 0
Os campeões decidiram o jogo já no primeiro tempo. Aos 11 minutos, o Uruguai fez o primeiro gol. Suárez recebeu na área, conseguiu driblar o marcador e, com o pé esquerdo, tocou para o gol. A bola ainda bateu na trave antes de entrar.
Com a vantagem no placar, o time se mantinha atrás da linha da bola durante a maior parte do tempo e tentava avançar em contra-ataques, puxados por Forlán e Luis Suárez.
Com a bola nos pés, o Paraguai não conseguia ser perigoso e abusava dos cruzamentos à área uruguaia. A única preocupação para a equipe de Oscar Tabárez era o excesso de cartões amarelos dados aos seus jogadores. Maxi Pereira, Cáceres e Diego Pérez foram alertados pelo árbitro Sálvio Fagundes em trinta minutos de jogo.
Mesmo com mais posse de bola, o Paraguai não conseguia criar chances. Nos contra-ataques, os uruguaios ameaçavam com seus dois atacantes, Suárez e Forlán. Foi justamente o camisa 10, o responsável pelo segundo gol da partida, aos 41 minutos.
Após receber um lançamento na esquerda, Forlán, livre, chutou com força, de primeira, e marcou. A comemoração foi digna de título, com os jogadores reservas invadindo o gramado para celebrar com o autor do gol.
No segundo tempo, os dois times voltaram sem alterações. O jogo, tampouco, muda. O Paraguai mantém a posse de bola, tenta criar jogadas, mas é impedido pelos uruguaios, que jogam no erro do rival.
Aos 9 minutos do segundo tempo, o Paraguai criou a sua chance mais clara de gol. Váldez recebeu na entrada da área e chutou de primeira. A bola carimbou o travessão.
Os paraguaios não desistiam do jogo, mas tinham dificuldade para chegar à área rival. A aposta uruguaia era a mesma do primeiro tempo. Marcar o adversário, roubar a bola e sair no contra-ataque.
A estratégia deu certo. Já nos últimos minutos de jogo, em tabela rápida entre Cavani, Suárez e Forlán, o camisa 10 marcou o seu segundo gol no jogo, o terceiro dos uruguaios. Em campo, antes mesmo do arbitro apitar o final da partida, os jogadores já comemoravam. O Uruguai voltava a ser o maior da América.
Matéria disponível em http://esporte.ig.com.br/futebol/uruguai+vence+repete+historia+e+se+isola+como+maior+da+america/n1597097975422.html
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